Portugal - séc. XVII
Geraldo de Moissac, nasceu de uma família nobre da Diocese de Cahors, em França. Foi trazido de Moissac para Toledo pelo bispo Bernardo, de onde veio para Braga, tendo sido Arcebispo de 26 de Janeiro de 1099 até ao dia, em 5 de Dezembro de 1108, quando morreu, em Bornes (Vila Pouca de Aguiar), onde teria ido consagrar uma igreja.
São Geraldo, teve um importante papel na reorganização da diocese de Braga depois da reconquista (nos anos que antecederam a fundação de Portugal). Em 1100 viajou para Roma com o objetivo de obter do Papa Pascoal II a restauração da Metrópole Bracarense; em 1103 voltou a Roma para obter a confirmação da jurisdição sobre todas as dioceses da Galiza, Astorga e Mondoñedo para onde fugiu o Bispado de Dume quando das invasões bárbaras, Ourense e Tui e ainda, em Portugal, sobre o Porto, Coimbra, Lamego e Viseu. Estas duas viagens a Roma, e a definição de Braga como a autoridade metropolitana de um vasto território foram sementes da fundação da nacionalidade, o que ilustra bem o papel de Braga na fundação da mesma, papel esse, tantas vezes esquecido e porventura mal estudado.
altar da Catedral de Braga
Conta a lenda que, no dia da sua morte, a 5 de Dezembro de 1108, “encontrava-se São Geraldo muito doente, às portas da morte, em Bornes, na terra fria, nos princípios de Dezembro, cercado o tugúrio onde se refugiara com os seus familiares, fugindo à neve que abundantemente por aquelas terras caía. Nos ardores de febre que o consumia, pede a um dos seus familiares que lhe traga algumas peças de fruta, para aplacar a sede e dar um pouco de alento ao seu debilitado corpo. Responde-lhe o seu criado que, naquele lugar e com aquele tempo invernoso, as árvores estavam despidas de folhagens e frutos. Poder-se-ia talvez encontrar ainda espalhadas pelo chão algumas castanhas e nada mais. A esta observação responde São Geraldo: "vai e procura!". Então, por uma frincha da porta por onde entrava o regelante frio, o servo viu que as árvores, lá fora, ao redor do terreiro, estavam floridas e recheadas de belos frutos”
altar da Catedral de Braga
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