domingo, 4 de setembro de 2011

4 de setembro - Santa Rosália (eremita)

Rosália nasceu no ano 1125 em Palermo, na Sicília, Itália. Era filha de Sinibaldo, rico feudatário, senhor da região dos Montes "da Quisquinia e das Rosas", e de Maria Guiscarda, sobrinha do rei normando Rogério II. Era muito rica e vivia numa corte muito importante da época, uma família nobre do sul da Itália e mesmo distantemente, era descendente do grande imperador Carlos Magno.
imagem francesa do séc. XIX

Durante a adolescência foi ser dama da corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília, que apreciava sua companhia amável e generosa. Porém, nada disso a atraia ou estimulava. Sabia que sua vocação era servir a Deus e ansiava pela vida monástica. Aos catorze anos, levando consigo apenas um crucifixo, abandonou de vez a corte e se refugiou solitária numa caverna nos arredores de Palermo. O local pertencia ao feudo paterno e era um local ideal para a reclusão monástica. Ficava próximo do convento dos beneditinos que possuía uma pequena igreja anexa. Assim mesmo vivendo isolada, podia participar as funções litúrgicas e receber orientação espiritual.
Triunfo de Rosália
Van Eyck

Depois a jovem ermitã se transferiu para uma gruta no alto do Monte Pelegrino, que lhe fora doado pela amiga a rainha Margarida. Alí já existia uma pequena capela bizantina e, também, nos arredores os beneditinos com outro convento. Eles puderam acompanhar e testemunhar com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração, solidão e penitência. Muitos habitantes do povoado subiam o Monte, atraídos pela fama de santidade da ermitã. Até que no dia 04 de setembro de 1160 Rosália morreu na sua gruta de Monte Pellegrino em Palermo.
anônimo siciliano do séc. XVII

Vários milagres foram atribuídos a intercessão de Santa Rosália, como a extinção da peste que no século XII devastava a Sicília. O seu culto se difundiu enormemente entre os fiéis que invocavam como padroeira de Palermo. Embora para muitos esta celebração era apenas uma antiga tradição oral cristã, por falta de sinais reais da vida da Santa. Sinais estes que o estudioso Otávio Gaietani não conseguiu encontrar antes de morrer em 1620. Só três anos depois tudo foi esclarecido, parece que pela própria Santa Rosália. Consta que ela teria aparecido à uma mulher doente e lhe contou onde estavam escondidos os seus restos mortais. Esta mulher comunicou aos frades franciscanos do convento próximo de Monte Pelegrino, os quais de fato encontraram suas relíquias no local indicado, no dia 15 de junho de 1624.
anônimo do séc. XVIII - 1703

Quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, trabalhando no convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquina, acharam numa gruta uma inscrição latina, muito antiga, que dizia: "Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquina." Isto confirmou todos os dados pesquisados pelo falecido Gaietani.
túmulo da santa
gravura frances aquarelada - 1841

A autenticidade das relíquias e da inscrição foi comprovada por uma Comissão científica, reacendendo o culto à Santa Rosália, padroeira de Palermo. Contribuiu para isto também o Papa Ubaldo VIII que incluiu as duas datas no Martirológio Romano, em 1630. Assim, Santa Rosália é festejada em 15 de junho, data que suas relíquias foram encontradas e em 04 de setembro, data de sua morte. A urna com os restos mortais de Santa Rosália está guardada no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.
escultura de Gregorio Tedeschi - 1625
Santuário de Santa Rosália - Palermo

4 comentários:

  1. Não “consta que teria...”, mas, sim, ela apareceu.

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  2. Não “consta que teria”, mas, sim ELA APARECEU é essa mulher doente que recebeu o sonho tem nome e sobrenome, assim como todos os outros aos quais ela sim apareceu.

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  3. * Não “consta que teria...” “uma mulher doente”, mas ela SIM APARECEU é essa mulher que a viu tem nome e sobrenome... Assim como os outros aos quais ela também apareceu. É necessária credulidade. Esses miraculados tem nome. Ela apareceu, e não “consta que...”. É fato. Tem nome.

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  4. Não “consta que teria”. Sei nome e sobrenome desta para quem ela APARECEU não como lenda mas como FATO. As outras pessoas às quais apareceu também são mencionadas com nome e sobrenome...

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