Busto relicário de Santo André
ourivesaria napolitana - séc. XVI
catedral de Amalfi
Santo André era irmão de Simão Pedro e como ele pescador em Cafarnaum, para onde tinham migrado ambos da cidade natal de Betsaida. Jesus demonstra as profissões exercidas pelos doze apóstolos - deu preferência aos pescadores, embora no meio do colégio apostólico os agricultores estivessem representados por Tiago Menor e seu irmão Judas Tadeu, e os comerciantes e homens de negócios estão honrados pela presença de Mateus. Dos doze, o primeiro a ser tirado das tranquilas e fecundas águas do lago de Tiberíades para receber o título de pescador de homens, foi justamente André, seguido logo de João.
Giuseppe de Ribera
Quadreria dei Girolamini - Nápoles
Os dois primeiros chamados haviam já respondido ao apelo do Batista, cujo grito os havia arrancado da pacífica vida do dia-a-dia para prepará-los para a iminente chegada do Messias. Quando o austero profeta lhes indicou Jesus, André e João se aproximaram dele e com emocionante simplicidade limitaram-se a perguntar-lhe: "Onde moras?", sinal evidente de que em seu coração já haviam feito a escolha. André foi também o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre: "André encontrou primeiro seu irmão Simão e lhe disse: "Achamos o Messisas". E o conduziu a Jesus". Por isso André ocupa um lugar eminente no elenco dos apóstolos: os Evangelistas Mateus e Lucas colocam-no no segundo lugar, logo depois de Pedro.
Luca Giordano
Crucificação de Santo André
coleção particular
Santo André é mencionado no Evangelho mais duas vezes, na multiplicação dos pães, quando apresenta o menino com alguns pães de cevada e poucos peixinhos; quando se faz intermediário do desejo dos forasteiros vindos a Jerusalém para serem apresentados a Cristo, e quando com a sua pergunta provoca a predição por Jesus da destruição de Jerusalém.
Diz a Tradição que, por ocasião da partida dos apóstolos para levar o Evangelho pelo mundo, André viajou para a região dos mares Cáspio e Negro. Por último, fundou a igreja em Patras, na Grécia, que foi uma das mais florescentes dos tempos apostólicos. Esta mesma fonte afirma ter Santo André morrido crucificado em Patras, no dia trinta de novembro. A ele está relacionada a Cruz de Santo André em forma de X.
Mattia Preti
Crucificação do Santo
altar-mor da Igreja de Sant'Andrea della Valle - Roma
Depois das perseguições romanas, as relíquias do Santo foram transportadas para Constantinopla e, pelo ano 1460, transferidas para Amalfi e Roma. Mais recentemente, o Papa Paulo VI, em 1964, desejando simbolizar a união de fraternidade com a Igreja Ortodoxa, devolveu as relíquias de Santo André à Igreja de Constantinopla.