São Gregório nasceu em Roma no ano 540, numa família nobre que o motivou à vida pública.
Gregório, cujo nome significa "vigilante", chegou a ser um ótimo prefeito de Roma, pois era desapegado dos próprios interesses devido à sua constante renúncia de si mesmo. Atingido pela graça de Deus, São Gregório chegou a vender tudo o que tinha para auxiliar os pobres e a Igreja.São Bento exercia forte influência na vida de Gregório, por isso, além de ajudar a construir muitos mosteiros, entrou para a vida religiosa do "Ora et labora".
Antonello de Messina
Museu Nacional de Palermo
Homem certo, no lugar certo, este foi Gregório que era alguém de senso de dever, de medida e dignidade. Além de intensa vida interior, bem percebida quando escreveu sobre o 'ideal do pastor': "O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento. sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus."
Com a morte do Papa da época, São Gregório foi escolhido para "sentar" na Cátedra de Pedro no ano de 590, e assim chefiar com segurança a Igreja num tempo em que o mundo romano passava para o mundo medieval.
Giorgio Vasari - 1540
Pinacoteca Nacional de Bolonha
São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja que conquistou o Céu com 65 anos de idade (em 604), deixou marcas em todos os campos, valendo lembrar que na liturgia há o Canto Gregoriano, o qual eleva as orações a Deus, fonte e autor de toda santidade.
O episódio da peste em Roma
Era o ano 590, em Roma. Já devastada por um transbordamento do Tibre, que havia alagado a cidade reduzindo-a à fome, irrompeu uma terrível peste.
Para aplacar a cólera divina, o Papa São Gregório Magno ordenou uma litania septiforme. Isto é, uma procissão geral do clero e da população romana, formada por sete cortejos que confluíram para a Basílica Vaticana.
Enquanto a grande multidão caminhava pela cidade, a pestilência chegou a um tal furor, que no breve espaço de uma hora oitenta pessoas caíram mortas ao chão. Mas São Gregório não cessou um instante de exortar o povo para que continuasse a rezar, e que diante do cortejo fosse levado o quadro da Virgem que chora, da Ara Coeli, pintado pelo evangelista São Lucas.
Junto da ponte que une a cidade ao castelo, inesperadamente ouviu-se um coro que cantava, por cima da sagrada imagem: “Regina Coeli, laetare, Alleluia!”, ao qual São Gregório respondeu: “Ora pro nobis Deum, Alleluia!”. Assim nasceu o Regina Coeli. Após o canto, os anjos se colocaram em círculo em torno do quadro. São Gregório Magno, erguendo os olhos, viu sobre o alto do castelo um anjo exterminador que, após enxugar a espada, da qual escorria sangue, colocou-a na bainha, como sinal do cessamento do castigo.
Como recordação, o castelo ficou conhecido com o nome de Sant’Angelo. Em sua mais alta torre foi posta a célebre imagem de São Miguel, o anjo exterminador.
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